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A verdade das terras de Jonas Morioka

                Meu nome é Jonas Akila Morioka, tenho 65 anos, sou brasileiro filho de imigrantes japoneses. Por profissão, sou um Médico Geriátrico. Mas acima de tudo, tenho orgulho de ser brasileiro.

Eu estou usando este site para esclarecer vários relatórios e notícias postados na internet, que são difamatórios, predatórios e não são baseados na realidade. Estou sendo alvo de difamação simplesmente por ser proprietário de uma vasta área de terras. Mas na realidade, eu não possuo uma área tão grande quanto as pessoas afirmam na internet - elas declaram números fantasiosos que não são reais.

Em grande parte dos artigos que comentam a meu respeito, não constam os autores, portanto optei por criar este blog, não para me defender, pois não tratam-se de informações verdadeiras, mas para desmascarar as mentiras ditas sobre mim.

Para deixar claro:

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(1)    Eu não tenho 886.000 hectares, 1.500.000, 688.000, 500.000 hectares, muito menos 1,6 milhões, há mentiras e rumores por toda a internet sobre isso. Eu possuo uma área bem menor que isso, a realidade é de 110.000 hectares.

 

 

(2)    Quanto a Riberinhos - não existem riberinhos em minhas propriedades. As partes de meus imóveis onde haviam ribeirinhos foram subdivididas anos atrás. Todos os georeferenciamento e CARs (Cadastro Ambiental Rural) das minhas propriedades não possuem nenhum riberinho. A casa mais próxima da minha fronteira de meus imóveis fica a quase 1 km da minha terra.
 

(3)    Eu tenho sido um alvo, mas não deveria ser. Há 20 a 30 outras pessoas no Estado do Pará que são grandes proprietários de terras - que desmataram suas terras. Eu mantive minha terra preservada. Eu poderia ter desmatado - todos me disseram nos anos 90 e início de 2000 para desmatar, mas essa nunca foi minha intenção. No entanto, eu sou um alvo porque a terra é propriedade privada e é preservada.

 

Não sei qual a intenção desses difamadores, existem outros diversos proprietários de grandes áreas, mas os demais não parecem os incomodar, neste caso realmente é a minha pessoa que eles querem prejudicar e infelizmente tiveram sucesso.

Um juiz elaborou um relatório extremamente difamatório, que me fez perder uma vasta área de terra devido a uma invasão maciça depois desse relatório. Eu sou o exemplo de uma história de horror do setor imobiliário brasileiro e isso simplesmente não para. Eu montei este site por causa de uma nova reportagem do Pará que menciona todos os mesmos antigos rumores difamatórios – tenho recebido diversos telefonemas de repórteres.

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(4)      Minhas propriedades se encontram próximo a  barragem de Belo Monte.

 

A história completa e realista:

 

I. Ordem cronológica :

 

Em 1843, o município de Portel, Pará foi fundado. Era uma cidade pequena com menos de 200 pessoas.

Em 1891, quando as viagens a (navio a vapor) viabilizavam locais ao longo do rio de fácil acesso a partir de Belém - a capital do estado - o governo queria colonizar as regiões ao longo do rio com fácil acesso. O interior do Estado em 1891 era simplesmente muito difícil de entrar - carros e tratores não existiam, então os locais e cidades com acesso ao rio expandiram-se primeiro no Estado.

Em 8 de outubro de 1891, o governo do Estado do Pará aprovou o Decreto Estadual Número 410 em 8 de outubro de 1891, que deu o direito de obter o Título de Posse no estado para as terras.

Em 1891 - um decreto foi estabelecido para a colonização de Portel, no Pará. A maior parte da terra foi distribuída em blocos de 1 a 6 Sesmarias (unidade de medida). 1 sesmaria corresponde a 4.356 hectares. Em todos os locais desse município que tinham acesso ao rio, foram emitidos títulos. As partes mais distantes do município tinham títulos maiores.

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O programa de colonização (Portel) durou em média 15 anos, entre 1892 a 1907.

Entre 1907 e 1940, houve uma consolidação de grandes proprietários de terras em Portel, e esses títulos deram origem a imóveis que hoje pertencem a ABC Algar, Brascomp e Martins, os outros grandes proprietários de terras em Portel. Todos nós tivemos a nossa terra originada ao mesmo tempo e todos eles têm situações semelhantes a dos meus imóveis. Alguns títulos estão em perfeita ordem e outros precisam ser regularizados.

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É fato definitivo que nos municípios de Breves, Portel, Curralinho, Melgaço, Bagre foram todos colonizados na mesma época.

Entre 1984 e 1987, um novo grande proprietário de terras comprou as terras que hoje são partes de minhas.

Na época em que essa pessoa comprou os imóveis, os documentos eram registrados no cartório de registro de imóveis de Breves. Eles foram transferidos para o Cartório de Registro de Imóveis de Portel por esse antigo proprietário em 1985.

 

II.  Minha propriedade

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Comecei a procurar terras a venda em toda a Amazônia e em 1989, descobri que Portel possuía grandes áreas de terra e também havia outros grandes proprietários de terras nessa região – algo muito comum em Portel, uma época em o Estado fomentava a  vinda de pessoas de outros Estados.

Em 20 de janeiro de 1990, após uma extensa diligência, adquiri imóveis juntamente com uma associação humanitária, totalizando uma área de 715.250 hectares – diversas matrículas em áreas esparsas de 5 vendedores diferentes.

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Eu adquiri 535.000 hectares e a associação 180.000 hectares (715.250 ha)

Meu sonho era preservar uma grande área de terras, ajudar os pobres e deixar para meus herdeiros uma parte das terras. Na época, paguei o correspondente a vários milhões de reais na moeda corrente.

Antes de comprar, meus advogados analisaram toda a documentação dos imóveis:

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  • Certidões de Matrícula do Registro de Imóveis

  • CCIRs e guias de ITR

  • Índice de Origem dos títulos

  • Documentações do antigo Registro – Breves

  • Mapas de localização dos imóveis

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Desde que adquiri os imóveis, tenho pago meus impostos e despesas referentes às propriedades.

Na época, achei que comprar as terras em Portel foi uma ótima aquisição, mas com tristeza, falsos rumores e simples ataques que colocaram minha família e eu sob constante ameaça,  eu confesso que gostaria de ter comprado imóveis em São Paulo ou em qualquer outro lugar no Brasil, onde esse tipo de trauma e negatividade não teriam ocorrido.

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Com o mesmo valor, em 1990 eu poderia ter comprado 30.000 hectares de terra em São Paulo e nunca teria de me preocupar com nada. Mas o erro não foi meu, o meu direito de propriedade deveria existir em todo território brasileiro, não é justo que difamações e mentiras sobre a minha pessoa e sobre meus imóveis venham assombrando minha vida há tantos anos.

Meu sonho foi preservar a floresta nativa, o que me levou e está levando a enfrentar muitas dificuldades. Sou contra o desmatamento, à favor da preservação. As pessoas que cortaram a floresta não foram punidas, em contrapartida eu estou sendo punido por preservar. Meu esforço para preservar minha terra foi contraproducente para os objetivos do Estado.

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Ao longo dos anos, fui vendendo algumas propriedades. Em 1.998 vendi 9.801 hectares para o futuro construtor de um grande shopping em Belém. Vendi também algumas propriedades que totalizaram 20.000 hectares para uma outra pessoa.

No ano de 2000, já tinha menos de 445.000 hectares. Minha intenção era continuar vendendo, e manter cerca de 200.000 hectares.

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Em 1992, a Corregedoria de Comarcas do estado do Pará (agência que supervisiona os cartórios de registros de imóveis) realizou uma correição no cartório e analisou minhas terras, fui informado que estava tudo ok com meus imóveis.

Em 1994, tínhamos focado em projetos para dar emprego a Riberinhos. Foram trabalhos temporários, uma vez que foi uma pesada pressão financeira sobre nossas operações.

Concluí em 1996 um geo-referenciamento de acordo com o mapa que me foi fornecido quando o comprei. Nós começamos a planejar a demarcação das áreas dos ribeirinhos para que eles pudessem ter as áreas deles.

Em 14 de fevereiro de 1996, um novo decreto foi aprovado - o Decreto Estadual de número 1054, que basicamente encerrou o período em que os antigos títulos fundiários anteriores ao decreto estadual de 1909 podiam ser regularizados de Posse para Título definitivo. No entanto, é fato que minha terra possuía, há muito tempo, título definitivo, que foi inclusive reavaliado e confirmado em 1992 com a correição do TJPA.

Em 1997/1998 paguei meu CCIR e tudo estava ótimo. Eu tinha projetos de manejo florestal sustentável, estava criando empregos e tudo estava funcionando bem. Exportava madeira a países como Alemanha e Japão com "Green Dot"  ou SELO VERDE que era um padrão de manejo sustentável nos anos 90.

 

 

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III.    Meus problemas começaram no ano 2000

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Em 2002, o ex cartorário de Portel vendeu, sem autorização, 6 mil hectares de terras da associação humanitária para um indivíduo (Davi Resende Soares), novamente, sem a permissão deles. Descobrimos anos depois. Que grande mundo em que vivemos. O indivíduo morreu, mas sua família é dona da terra até hoje, e não tiveram seu título desmembrado cancelado ou sua origem foi questionada como os meus.

Em 2002 - Os herdeiros de um antigo proprietário (14 anos após as terras terem sido vendidas) criaram no Incra CCIRs diferentes dos legitimos em nome do pai deles - que já tinha morrido há muitos anos – para 24 propriedades minhas e para 5 imóveis que nem sequer existem. Para realizar essa fraude, usaram dados dos antigos títulos de Breves – que foram encerrados quando o registro dos imóveis foi transferido para Portel. Somente descobri essa fraude em 2017.

Sejamos claros: Para emitir um CCIR, uma pessoa precisa de (1) Título atualizado (2) Cadeia Dominial (3) Recibos de quitação do ITR (4) Geo Certificado - então, por favor, me diga como uma pessoa conseguiu emitir o CCIR para 24 terras que não são deles, que eles não têm documentos nem certificações e para 5 das terras que não existem? O que é mais chocante é que todos querem fazer crer que  eu sou o problema, não o INCRA ou os grileiros reais.

Perder a terra aqui e ali para grileiros com a ajuda do cartório e a ajuda do Incra foi menor em comparação com o que afirmo em seguida e é de onde todas as questões realmente vieram e todas as histórias falsas realmente se originam.

 

IV.    O grande problema e a grande mentira

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Em 2006, um juiz fez um relatório sobre grilagem no Estado do Pará, e injustamente me nomeou como exemplo da grilagem (Juiz de Corregedoria do comarcas do interior) Ele afirmou que eu adicionei "000 a 6 das minhas propriedades. Na verdade, na época em que ele escreveu o relatório, eu só possuía 3 dessas propriedades. Ele alegou, por exemplo, que uma pequena propriedade de 121 hectares se tornou 121.000 hectares, 43 hectares se tornaram 43.000; 550 hectares se tornaram 550.000 hectares etc. É aí que esses números ridículos aparecem sobre minhas propriedades, eu jamais fiz qualquer alteração nem possuí essa absurda área de terras.

Eu nunca adicionei zeros a nenhuma área de imóvel, isso é um absurdo!  Se o juiz tivesse solicitado certidões do Cartório de Registro de Imóveis de Portel viria que as áreas dos imóveis permaneciam as mesmas originais, nenhum imóvel foi aumentado, nenhuma fraude foi feita, nenhuma irregularidade praticada. E tem mais, se eu tivesse mesmo feito isso, eu teria sido punido pelos devidos órgãos governamentais, mas não fui, pois sou inocente, tratam-se de calúnias sobre mim, calúnias que estão destruindo minha reputação e minha vida injustamente.

 

Aqui estão os fatos que o juiz não mencionou em seu relatório:

1.) Os títulos dos imóveis não foram alterados. - Nenhum tamanho alterado no Registro.

2.) Não houve pedido de alteração de tamanho em nenhum  momento.

3.) A descrição da propriedade não mudou no cabeçalho do título, 43 hectares ainda era 43 hectares.

4.) O mapa de georreferenciamento que foi registrado no cartório (1996)- que é a base para a mudança está correto - não um tamanho grande. Os dados da pesquisa ainda indicavam 43 hectares.

 

Este relatório repugnante, grotesco e horrível criou rumores daquele dia em diante – injustiça gratuita.

Em 2006, minha terra não tinha nenhum caso de sobreposição. Somente algumas áreas de ribeirinhos que foram demarcadas e subdivididas, tendo finalizado isso em 2014. Eu só descobri esse relatório em 2017, foi então que comecei a entender de onde meus maiores problemas estavam surgindo.

 

A localização e a terra estavam 100%

Eu não posso nem quero especular sobre de quem é a culpa, mas posso afirmar que eu não sou culpado de nenhuma das afirmações mencionadas em relatórios, em blogs, sites ou qualquer fonte  -  tratam-se de informações irregulares, injustas e caluniosas -  a verdade pode ser confirmada através de certidões emitidas pelo cartório de Registro de Imóveis – qualquer um pode solicitar e averiguar a real situação.

Acredito que uma das maiores virtudes do Brasil é seu sistema judicial robusto e independente. No entanto, neste caso, houve alguma confusão dentro do Estado do Pará. O juiz obviamente obteve informações incorretas e, sem saber,  baseou seu relatório nas mesmas.

Pior, a declaração do juiz fez com que terras regulares parecessem irregulares ao declarar: As terras de Jonas Morioka estão se sobrepondo a outras terras também de Jonas Morioka e todos os títulos devem ser cancelados porque é uma situação de título sobreposta.

Não foi uma análise feita por um tribunal, foi um relatório que me julgou culpado sem averiguar os fatos verídicos. Eu nunca fui notificado, nunca recebi uma carta precatória ou edital; nem tive como me defender antes dessa calúnia.

 

A Comissão de Combate à Grilagem e a preparação para a futura decisão do CNJ de 2010.

Em 2006 - fui nomeado em um relatório escrito pela Comissão de Combate à Grilagem como um Grileiro, repetiu os dados falsos contidos no relatório do juiz. O boato se espalhou por toda a internet. Mais uma vez eu não tinha conhecimento disso até 2017.

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V.  O bloqueio de títulos no estado do Pará

 

Em 2006, o governo do Pará bloqueou todos os títulos de mais de 3.000 hectares. Isso não cancelou o título, não restringiu o uso. O objetivo do Estado era provar que as pessoas eram culpadas, assim elas teriam que provar sua inocência. A ideia era regularizar seu título - mas eles fizeram isso sem realmente colocar um mecanismo para fazer isso. O mecanismo nem chegou até 2013, quando o INCRA Sigef foi lançado.

Três semanas após o bloqueio ter sido realizado, o Governo do Estado lançou dois planos de projeto de assentamento por toda a minha terra. Não projetos reais, mas pré-planos, realizados de forma arbitrária.

Minha terra em 2006.  Na época do bloqueio, eu tinha cerca de 440.000 hectares no total.

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VI.   CNJ  "estatiza" o Estado do Pará em 2010

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Exma. Sra. Desembargadora MARIA RITA LIMA XAVIER, Corregedora de Justiça das Comarcas do Interior do TJ/PA, cancelou as matriculas através do Art.1 do Provimento no 002/2010-CJCI, de 23/08/2010. Uma decisão do Corregedor Nacional de Justiça, Ministro GILSON DIPP.

 

Aqui está a lei para o cancelamento

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        1. Imóveis registrados no período entre: 16 de julho de 1934 a 08 de novembro de 1.964 com áreas superiores a 10.000 hectares;

        2. Imóveis registrados no período entre: 09 de novembro de 1.964 a 04 de outubro de 1.988 com áreas superiores a 3.000 hectares;

        3. a partir de 05 de outubro de 1.988: com áreas superiores a 2.500 hectares.

O decreto permitia a requalificação e não impedia o uso, mas basicamente incentivou os invasores a invadirem as propriedades.

Mais de 5.000 títulos foram cancelados, não foram só os meus, mas a maioria dos grandes proprietários de terras tem os mesmos problemas que eu tenho.

De volta ao motivo:

Imediatamente (10 dias) após o cancelamento, os Assentamentos foram criados em parte de minhas terras.

Dos cerca de 445.000 hectares que possuía na época, eu imediatamente perdi 200.000 hectares devido a assentamentos. Dos 180.000 hectares de propriedade da associação humanitária, perderam cerca de 100.000 hectares devido a assentamentos.

 

Os horríveis efeitos do cancelamento das terras da associação

Vamos ser claros: a associação tinha 3.000 hectares de pecuária ativa em uma das propriedades deles com acesso à estrada. Eles decidiram criar a fazenda de pecuária no lado sul da propriedade, para que pudessem proteger melhor o imóvel contra invasores que poderiam entrar pela estrada.

A equipe da associação foi retirada à força após a decisão do CNJ de Gilson Dipp. Uma pessoa que se apresentou como sendo do MDA foi lá em 2010 e disse que eles tinham que sair porque um Assentamentos Terra Paz colocaria 3.000 pessoas na terra.

Aqui está a ilegalidade desta decisão. A decisão do CNJ permitiu a Requalificação Administrativa da terra. Então as pessoas ainda têm título, elas ainda têm o direito à terra, mas elas têm que passar por um processo administrativo. A remoção forçada pelo governo não é legal, mas só aconteceu no caso de nossos grupos.

Como afirmei: O motivo para cancelar meus títulos não foi porque eles se sobrepunham, porque jamais se sobrepuseram,  o que me faz crer que o local das minhas terras era necessário para assentamentos.

Isso não aconteceu com mais ninguém no estado do Pará quando o CNJ decidiu cancelar mais de 5 mil títulos no Estado.

Abaixo está um mapa da fazenda da associação, na parte norte é a invasão que ocorreu como parte dos Assentamentos. Todas as áreas sem flechas marcando são invasões que chegaram com o assentamento Terra Paz. Esta propriedade possui 69.696 hectares e foi 100% perdida - com acesso rodoviário. Hoje vale facilmente R$ 70 milhões, mas se foi devido à remoção forçada do governo.

 

 

VII. STF Me dá decisão favorável e depois volta a trás após Ministra se aposentar

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Eu entrei imediatamente no STF (Suprema Corte do Brasil) para discutir isso. Sob a base de que eu não poderia defender minha terra no Estado do Pará.

Aqui está a realidade - a Corregedoria  do Estado do Pará havia feito duas correições no cartório de imoveis e nas duas analises não foram encontrados erros, como o decreto de Gilson Dipp basicamente dizia que os proprietários poderiam ter o direito de requalificar suas terras, e eu já havia passado por essa investigação pelo Estado do Pará quis saber se as correições feitas pela Corregedoria eram validas.

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Todos os outros grandes proprietários de terras em Portel, Pará - Martins, 156.000 hectares. A Brascomp, com 135.000 hectares e ABC Algar 145.000 hectares, todos tiveram seus títulos cancelados.

Todas essas empresas em Portel, assim como eu, pagaram impostos, tinham o CCIR, tinham origem antes de 1909, e tinham projetos, criaram empregos, tiveram seus títulos definitivos antes de 1996, trouxeram estrutura, trabalho e fomento econômico  para a região.

Dos pouco mais de 5000 títulos cancelados por Gilson Dipp naquele Decreto. De um ponto de vista de hectare que foram cancelados, eles eram de 3% a 4% eram terras que tinham tudo perfeito como o meu título. Os outros 96% a 97% eram o que chamo de papéis sem terra - na maioria dos casos eram títulos que já estavam abandonados por seus supostos donos. Estes eram títulos que se sobrepunham a outras áreas. Eles nunca pagaram impostos ITR, não tinham o CCIR, CERTIDÃO DO ITERPA , o único lugar em que estavam registrados era nos cartórios.

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STF Parecia o único lugar sério

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Em junho de 2011 recebi um liminar FAVORÁVEL da Ministra Ellen Grace do STF declarando que o cancelamento das matrículas especificamente dos meus imóveis deveria ser suspenso, além da decisão contrária da Ministra  contra o CNJ , o Estado do Pará havia pedido para fazer parte do também foi notificado da decisão favorável a mim.

Os Programas Governamentais Federais e Estaduai MDA, TERRA LEGAL e Assentamentos causaram uma enxurrada de pessoas, causaram assassinatos, desmatamento, conflitos de terra e dor, enquanto pessoas das regiões de Anapu e Pacajá correram para o norte em direção a minhas propriedades com a anuência implícita do Estado do Pará. Algumas famílias vieram com sete membros da família e cada um deles reivindicou 1.000 hectares. Qualquer um que eles pudessem encontrar com um CPF para fazer uma reivindicação de posse e, em seguida, usar o programa Terra Legal para reivindicar a terra.

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O estado do Pará não respeitou a Liminar do STF.

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Meus advogados afirmaram que, paralelamente ao STF, eu ainda precisava trabalhar em uma solução administrativa para o cancelamento.

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VIII.         Estado me bloqueando

 

 

Em 2012, fiz o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para todos os meus imóveis. Dentro de três meses, alguém os removeu do sistema. Alguém não queria que eu administrativamente resolvesse a situação de minha terra.

 

IX.            Riberinhos e Minha Visão e Valores

 

Se você ouvir que há um problema entre mim e os Ribeirinhos é falso. Há uma dinâmica social complexa que está ocorrendo na região da Amazônia com altas concentrações de Riberinhos. Se os Ribeirinhos me odeiam, não sabem o por quê.

1º - Os Ribeirinhos são pessoas simples e a maior parte deles quer ficar sozinha;

2º Alguns Ribeirinhos são mais motivados por idéias capitalistas e podem ser corrompidos por grupos madeireiros que querem usá-los

Em 2013, uma Associação de Riberinhos entrou em contato comigo e eles perguntaram se poderiam pagar para emitirem CAR (Cadastro Ambiental Rural) para todos os Riberinhos em minha terra, e eles disseram que eu precisaria desistir de cerca de 60.000 hectares para os ribeirinhos.

O grupo explicou: Você tem um título Sr. Morioka, seu título tem pessoas vivendo nele. Vamos demarcar essas pessoas e removê-las de seu título. Eles explicaram: Com 1 pessoa vivendo sua terra, os preços da terra vale 10% do valor, mas sem ninguém na terra, vale 100% do valor, então é melhor perder um pouco de terra do que perder 90% do valor.

Eu disse OK - Sim, quando as pessoas ouvem esses falsos rumores, eles podem ver que é apenas um falso rumor.

No final de 2019, esse grupo havia inscrito mais de 550 CARs (Cadastrol Ambiental Rural) no sistema, que foram colocados em áreas onde minha terra costumava ficar. O grupo deu CARs em mais de 60.000 hectares para os Riberinhos, para que eles possam se auto-capacitarem para entrar na classe média rural. A associação afirmou que espera levantar mais fundos em breve e terminar os últimos 300 CAR nos próximos 12 meses.

Eles afirmaram que se cada família tiver seu próprio CAR, elas podem obter empréstimos para si e não depender de líderes comunitários, sindicatos ou serem empurrados por madeireiros que queiram formar grandes associações para cortar grandes áreas para extração de madeira.

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X.              “Fake News”

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Recentemente: Alguém criou um relatório sem autor neste site afirmando que eu estava atrapalhando projetos de Riberinhos. Eu suspeito que este projeto era sobre uma coisa e uma coisa só: madeireiros tentando estabelecer uma grande associação em + de 20.000 hectares da minha terra. Eles viram algumas das reputações falsos rumores na internet e decidiram amplificá-los para ganhar atenção - para tentarem se livrar de mim.

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https://correiodecarajas.com.br/capitao-do-mato/#

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XI.            Vendas de Terras

O mesmo artigo afirma que estou vendendo minha terra por 12 dólares por hectare e há dois corretores em Belém acontecendo.

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https://correiodecarajas.com.br/capitao-do-mato/#

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Nenhum corretor está anunciando minha terra para vender.

Se eu vender, vou vender as melhores seções por R$700,00 a R$900,00 reais por hectare. Mas aberto a uma grande negociação dependendo da quantidade de terra e se o pagamento é "A vista".   Este é o preço de mercado para este tipo de terra nesta região.

Desconheço os senhores mencionados  e desconheço o contrato mostrado no site.

 

II.              “O VILÃO”

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Se você ainda acha que eu sou um dono de terras do mal que tem intenção de ferir os outros, espere até você ler o que vem a seguir.

Em 2009 - assinei um contrato para vender  para uma pessoa, um milionário muito abastado. O que eu não sabia na época, era ele é um especialista e provavelmente o melhor do mundo no “Death Spiral Finance”, ele dá empréstimos às pessoas e espera que elas percam, e ele pode cobrar o pagamento que normalmente é garantia em excesso do empréstimo, mas se eles não podem pagar, ele coleta os ativos que poderiam ser, na maioria dos casos, ainda melhores para ele. Ele é uma da pessoa muito inteligente, mas ele é uma pessoa muito arriscada para se envolver do ponto de vista de negócios e ele também é extremamente manipulador, diz que fará uma coisa e depois faz outra. Ele me tocou como um violino e tocou todos ao meu redor como um violino. O que vê como negócio, eu vejo como um tipo de fraude - basicamente ele levou minha família a perder quase tudo.

Ele se apresentou como um investidor interessado em comprar parte de minhas terras, assinamos um contrato e como garantia do pagamento que ele faria, acordamos em assinar uma nota promissória até que os imóveis fossem transferidos.

Ele queria todas essas garantias para a minha terra, metade do valor do que ele pagaria por toda a terra. Ele queria uma garantia pessoal minha ou um seguro de título, e afirmou que preferia uma garantia pessoal. Eu não tinha dúvidas sobre o título, então eu tinha certeza de que uma garantia não seria um problema. Ele obviamente não teria o direito de descontar uma nota promissória minha, pois o título estava em ordem.

Ele fez todos os pagamentos iniciais nos primeiros 5 meses após o contrato ter sido assinado. (~R$4.000.000)

No contrato, constava que as terras tinham um bloqueio e precisava ser regularizada com um novo georreferenciamento. Ele até optou por fazer o georreferenciamento.

Quando o CNJ cancelou as matrículas, também me destruiu. 10 meses antes, assinei uma nota promissória que garantia o valor da minha terra. Eu deveria ter entrado imediatamente em um processo argumentando, mas eu não sou um advogado, não sabia das consequências. Esse investidor parou de pagar as parcelas do contrato por conta própria, alguns anos depois, sacou uma das notas promissórias no valor de R$ 8.500.000,00 e, em seguida, cobrou mais de R$ 7 milhões em juros. Ele penhorou todos os nossos ativos além das terras. Ele penhorou a casa em São Paulo, um prédio. (Minha esposa e eu nos divorciamos, então ela tinha todos esses bens).

Para entrar no processo contra mim, ele teve que pagar R$ 85.000,00, para eu entrar em um processo contrário, eu teria que pagar o mesmo, mas eu estava sem dinheiro. Eu não consegui justiça gratuita porque possuo bens (bloqueados pelo CNJ), então como eu não tinha dinheiro, então não pude o processar.

Perdemos tudo por causa desse rumor, agora temos cerca de 109 mil hectares restantes.

 

 

III.            Perdas por um rumor

 

Um boato causado por um falso relatório

1.) Eu perdi quase 350.000 hectares nenhum  devido a falha pessoal.  Dos 535.000 hectares que adquiri, só me restam cerca de 109.435 hectares. Assentamentos, provimentos do CNJ(incrível não é), invasores, credores ou dívidas tomaram o resto devido as mencionadas atitudes dos desgovernos anteriores.  Uma fazenda de 5.000 hectares em soja em qualquer outro Estado tem muito mais lucro do que 110.000 hectares por ano no Pará.

3.) A Associação perdeu quase 140.000 de 180.000 hectares.

5.) Eu tive minha reputação desonrada

6.) Gerou me enormes dívidas com o investidor .

7.)Impostos pagos em áreas que o próprio governo quis cancelar, mas jamais esquecerem de cobrar tributos

8.)Licenças pagas ao ITERPA e INCRA, que jamais devolverão o que foi pago

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Então me diga quando esse ataque vai parar. Com este site eu vou pelo menos levar minha história ao mundo, então não é unilateral. Não é assim que o Brasil deve tratar seus cidadãos. Isto não é uma democracia quando uma agência do governo visa uma pessoa ou porque a ideologia não liberal não aceita o direito a propriedade e quer um estado totalitário.

Liminar Favorável Ministra Ellen Gracie

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Conheça a verdade das fazendas Morioka e compartilhe, aqui você encontra os fatos e não as fakenews. Vale a leitura a história de um filho de imigrantes japoneses que ama o Brasil e a floresta amazônica.

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